quinta-feira, 14 de junho de 2012

As permanências da Velha República.

(Primeiramente me perdoem por não ter feito este post antes.)

Como já foi mencionado aqui no blog a Velha república acabou. (observem o post http://viagemnarepublica.blogspot.com.br/2012/06/republica-acabou.html)

O período (que vigora até os dias de hoje) é chamado de: Nova República ou República Atual  iniciou em 1985 após o fim do regime militar quando o país voltou ao que chamamos de regime Democrático onde há eleição para determinar os representantes popularmente.

O que permanece desde a Velha república é :

O sistema de votação - Desde os tempos da constituição de 1891 da velha república quando o presidencialismo foi inserido no Brasil o voto por eleição direta, não como a atual mas com participação do cidadão brasileiro assim como a atual que ocorre por meio de um sistema de Urna eletrônica e Voto secreto é papel fundamental para eleger um presidente para a república brasileira -tema já abordado aqui pelo blog- o voto de suma importância e é um direito a partir dos 16 anos que passa ser uma obrigação  para toda população brasileira que tem entre 18 e 70 anos.

O sistema de Constituição - O primeiro modelo surgiu em 1824 antes da velha república mas passou a ter maior valor a partir dela em 1891 durando por todo o período, ela que ajudou elaborar as que vieram depois. Em 1988 depois da volta da Democracia foi feita a atual constituição que é o conjunto de leis supremas do Brasil e vem passando por emendas e complementos para continuar em vigor .


Podemos então perceber que muito da primeira república (velha) está presente em nosso dia a dia e por isso temos de conhecer os fatos históricos que ocorreram para facilitar este convívio e socialmente estarmos informados como habitantes deste país.
Espero que as informações que estou repassando possam ser de ajuda a quem necessitar, caso queiram opinem por comentários aqui e até uma próxima postagem . :)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Voto de Cabresto


O voto de CABRESTO

Só mesmo uma imagem para ilustrar e demonstrar quem era quem, complementando o post sobre as rupturas da República Velha.

FONTE:

Mais um pouco...

Quando eu assisti o filme "Olga", me apaixonei por ele. 
Hoje, estou lendo o livro "Olga", o que está me encantando ainda mais... É muito mais rico em detalhes históricos do que o filme (óbvio), isso significa que é uma fonte de conhecimento gigantesco!
Tanto no livro quanto no filme, é falado de Luiz Carlos Prestes, que foi seu esposo e com quem teve uma filha.
Luiz Carlos Prestes esteve muito ligado ao rompimento da República Velha.
Então, do mesmo modo que é super detalhado no LIVRO sobre a vida de Olga Benário Prestes, também nele é bastante detalhado todo o caminho percorrido por Prestes aqui no Brasil, na época da "Coluna Prestes", tanto que o autor dedicou um capítulo inteiro somente para este caminho de Prestes antes de conhecer Olga.
Se eu não estiver enganada, é um dos primeiros capítulos. Mas se estiver, peço desculpas já de antemão porque quando me empolgo em ler, não ligo muito para capítulos.
Ai em baixo está o vídeo do filme, e em baixo a capa do livro que está disponível na biblioteca aqui da ETEC.

Trailer do Filme "Olga".


Capa do livro "Olga".

FONTE:

Disponível em <http://livroempdf.files.wordpress.com/2012/03/olga_capa.jpg> Acessado em: 10/06/2012.

Urna Eletrônica



Gente, apesar da urna eletrônica ter sido uma vitória e uma revolução para o nosso país, convenhamos que nem todos os candidatos aos cargos eleitorais merecem que digitemos seus números e apertemos a tecla "Confirma", não é?


Então, "... para a nossa alegria..." vou dar umas dicas de como votar NULO e o motivo disso, caso você não saiba.


Segundo a legislação brasileira, SE UMA ELEIÇÃO TIVER 51% DE VOTOS NULOS, O PLEITO É ANULADO SENDO OBRIGATÓRIO HAVER UMA NOVA CAMPANHA COM CANDIDATOS DIFERENTES PARA CONCORRER, POIS OS QUE PERDERAM SÃO IMPOSSIBILITADOS DE PARTICIPAR NOVAMENTE DESTA ELEIÇÃO.




Vamos à demonstração, com uma resposta extraída do site do Yahoo Respostas:


"Digite um número inexistente e confirme.
Por exemplo:
Presidente: 00
Governador: 00
Senador: 000
Deputado Federal: 0000
Deputado Estadual: 00000

Verifique se realmente apareceu a mensagem de voto inválido, em seguida confirme. Faça isso com todos os candidatos acima e assim estará anulando o voto em todas as modalidades de candidatura.
Reforma política já!




FONTE: 


Disponível em <http://www.vergonhanacional.com/2012/03/quadrilha-das-urnas-eletronicas.html> Acessado em: 10/06/2012;


Disponível em <http://bgnweb.blogspot.com.br/2010/07/como-votar-nulo-na-urna-eletronica.html> Acessado em: 10/06/2012;


Disponível em<http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20060828110909AAi8Pye> Acessado em: 05/04/2012;

domingo, 10 de junho de 2012

A República acabou?!

Bom gente, eu sei que esse post deveria ter sido postado antes, mas não deu.... Mas, enfim, vamos lá! =]


Sim.... A República VELHA acabou! É claro que com o seu fim, houve elementos que permaneceram e que foram embora junto com essa República. Não vou entrar em detalhes com as permanências porque a Caroline que iria expor para vocês. Vamos para o que foi rompido:


Como nós já sabemos, a República Velha foi marcada pela política do Café-com-leite que foi acentuada por Floriano Peixoto, entre 1891 a 1894.


Lá por 1920, as cidades estavam crescendo e se desenvolvendo, com ruas nos centros urbanos bastante movimentadas, com as pessoas frequentando mais bares, lojas, coisa que antes não tinha uma abertura grande para todos.  


Na mesma década, dois grandes acontecimentos marcaram esta data: o Tenentismo e a Semana de Arte Moderna, em que o primeiro foi um movimento político-militar revolucionário que os militares queriam impedir que Artur Bernardes tomasse posse; o segundo foi uma semana de arte em que houve a libertação da arte.


 Figura 1 - Semana de Arte Moderna


Depois disso, várias revoltas armadas aconteceram, sendo a mais marcante: A Coluna Prestes, liderado por Luis Carlos Prestes, era formado por militantes e excluídos da sociedade que moravam no sertão, principalmente.


Com isso e mais outros conflitos, a política do café-com-leite acabou de vez; foi dado fim também aos coronéis, consequentemente ao voto de cabresto, substituindo esse último por voto secreto, como era defendido pela Coluna Prestes.


Houve também a liberdade de imprensa, liberdade de pensamento; liberdade sindical; igualdade maior entre as classes; independência da mulher; libertação e independência da moda; valorização da educação pública, entre outros.


Povo, é isso ai sobre o que acabou com o fim da República Velha. Espero que tenha sido útil, até a próxima! ^^




FONTES: 
Disponível em <http://www.joseferreira.com.br/blogs/historia/2012/junho/crise-e-ruptura-os-ultimos-anos-da-republica-velha/> Acessado em: 09/06/2012;


Disponível em <http://soulbrasileiro.com.br/main/brasil/historia-do-brasil/3-republica-velha-1889-1930/republica-velha-1889-1930/> Acessado em: 09/06/2012;


Disponível em <http://bibliobelas.files.wordpress.com/2012/02/semana-de-arte-moderna-de-19221.jpg> Acessado em: 10/06/2012;

                                                Caso Pinheirinho

Em  janeiro de 2012,  um dos  assuntos  mais  comentados  nas redes sociais foi a reintegração de posse  da  área apelidada de  “Pinheirinho”,  a área  pertencia a massa  falida  da  empresa  Selecta e foi invadida  no  ano de 2004, durante  8 anos ocorreu   uma briga  entre a empresa e os invasores da área, o assunto gero muita repercussão na mídia  nacional e internacional  . Os  moradores  da  área  utilizaram o facebook e o twitter como  uma  forma de  protesto  contra  a  desocupação, e  outros  usuários espeçaram diferentes  opiniões nestas  e  em outra  redes  sociais:


Aqui encontramos  viários  comentários  sobre  o  ocorrido.
O desfecho da  historia  foi a desocupação da área  que ocorreu na manhã do  dia  15 de janeiro, foi enviado a tropa de choque  para  o local, que retiram os  moradores e lacraram as  casa que após  a retirada dos  moveis foram demolidas. Os moradores foram levados  para abrigos, e depois receberam uma  ajuda  do governo  com  500,00 R$  de  aluguel social. A área que  foi motivo de conflito hoje  esta desocupada, os destroços das casas  ainda não foram retirados, e  as terras vão a leilão  no final  do mês  de junho.


Área antes da reintegração de posse.

 Área depois da reintegração de posse.

“tropa de choque  pinheirinho” – Os moradores  tentaram impedir a reintegração.

Tropa de choque durante  a reintegração.




Charge  que  foi  postada no facebook  por protestantes.

Neste vídeo encontra-se relatos  sobre a reintegração de posse:

Reportagem do Vnews:
SJC: Preparados para o confronto, moradores do Pinheirinho se armam
Ninguém dorme e nem trabalha. A rotina foi substituída pelas armas improvisadas

"A ordem para posicionar a tropa veio cedo. Na linha de frente, a defesa - mesmo feita com pedaços de plástico - intimida. E essa resistência, aos poucos, toma conta de todos. Mulheres, idosos e crianças. E o motivo dessa luta é apenas um: permanecer na ocupação. 

São 1.600 casas, segundo a prefeitura, construídas na área da massa falida da empresa Selecta, na zona sul de São José dos Campos. Na última quarta-feira, foi feita a notificação oficial para que os moradores deixem o terreno. 
Depois que foi dada a ordem de saída, a reintegração de posse pode acontecer a qualquer momento. Todos no local esperam por um confronto. Ninguém dorme e nem trabalha. A rotina foi substituída pelas armas improvisadas. 

A situação também chama atenção do governo federal. Na manhã desta sexta-feira (13) o gerente de projetos da Secretaria Nacional de Habitação, César Ramos, visitou a área e foi embora sem conversar com os moradores, que continuam posicionados, prontos para a luta. Cada um com a arma que julga ser a melhor. 

Neste momento, a situação na área é tranquila.  "

Alto(a)r : Paloma  Cristina Barboza 3ºB

A República Velha, um novo regime excludente


Olá! Antes da leitura do texto, gostaria que vocês todos dessem uma olhada no vídeo abaixo, feito por Bóris Fausto, que explica muito bem, o contexto da República Velha no Brasil.



Proclamação da República, tela de 1893 pintada por Benedito Calixto.


   A proclamação da república, em 1889, gerou uma grande expectativa em torno da criação de um novo regime, que promovesse ascensão política, social e econômica, da população marginalizada até então, que viviam em situações precárias,de educação, saúde, esquecidos, excluídos da sociedade. No entanto mesmo com o episódio da libertação dos escravos um ano antes da proclamação da república, ficou claro que na realidade, o novo regime veio a favor das classes responsáveis e interessadas em seu acontecimento, os cafeicultores e militares.


     Entretanto, estes possuíam interesses opostos, o que geraria conflitos entre eles. A república brasileira em uma primeira fase foi representada pelos militares e ficou conhecida como "República da Espada", acreditava-se que o poder nas mãos dos militares seria importante para a consolidação da república. Umas das consequências deste governo foi a constituição de 1891(primeira da república, baseada na constituição estadunidense), que se caracterizava pela instituição do regime federativo presidencialista, divisão dos três poderes e o estabelecimento do voto masculino, não secreto, que excluía do processo eleitoral mulheres, analfabetos, mendigos, menores de 21anos, padres e soldados.
    
    Apesar de ampliar o acesso á chefia do Executivo, antes restrito a membros da família real, e de mudar o critério de seleção de eleitores, o sistema político se apresentava tão excludente quanto era sob o regime imperial.


     Em relação a estes fatos, escreve assim, José Murilo de Carvalho:

Sendo função social antes que direito, o voto era concedido àqueles a quem a sociedade julgava poder confiar a sua preservação. No Império, como na República, foram excluídos os pobres (seja pela renda, seja pela exigência da alfabetização), os mendigos, as mulheres, os menores de idade [menores de 21], as praças de pré (soldados e marinheiros), os membros de ordens religiosas. Ficava fora da sociedade política a grande maioria da população.A exclusão dos analfabetos pela Constituição republiana era particulamente discriminatória, pois ao mesmo tempose retirava a obrigação do governo de fornecer instrução primária, que constava do texto imperial. Algumas mudanças, como a eliminação do Poder Moderador, do Senado Vitalício e do Conselho de Estado e a introdução do federalismo, tinham sem dúvida inspiração democratizante, na medida em que buscavam desconcentrar o exercício do poder. Mas, não vindo acompanhadas por expansão significativa da cidadania política, resultaram em entregar o governo mais diretamente aos setores dominantes, tanto rurais quanto urbanos.” 
(CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados. O Rio de Janeiro e a República que não foi. 3ª Ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. pp. 43-46.)


   Depois se consolidou a República das Oligarquias, cujos presidentes representavam a elite cafeeira, mantendo a política de exclusão social, favorecidas pelas leis da época, ou melhor, pela falta de leis, que buscassem a inclusão dos excluídos no cenário da época. Este contexto era propício, para que as classes dominantes se beneficiassem a partir de fraudes eleitorais que afastavam o povo das decisões políticas, como: política do Café com Leite, a política dos governadores, o coronelismo, a Comissão de Verificação, além de outros  adereços como por exemplo a fraude eleitoral,o banditismo e o voto de cabresto.
A legislação da época, portanto, teve grande influencia no processo de exclusão social, pois, era delegada de acordo com os interesses do governo, que por sua vez, era constituído pelas elites da época, que utilizavam as forças do governo para atingir seus objetivo, e nestes não constava ter uma população que tivesse o pleno exercício de sua cidadania. 
Na charge de Storni para a revista Careta (1927), uma das mais famosas fraudes eleitorais da Primeira República, o voto de cabresto, recebe a devida crítica. O eleitor recebia um papel com o nome do candidato escolhido pelo coronel da região, e apenas o depositava na urna.




FONTES:
VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione,2012.
http://novahistorianet.blogspot.com.br/2009/01/republica-velha.html
http://www.brasilescola.com/historiab/rebelioes-na-republica-velha.htm
http://www.brasilescola.com/historiab/rebelioes-na-republica-velha.htm
http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/a-natureza-excludente-republica.htm
http://historia.ricafonte.com/textos/Historia_Brasil/Rep%C3%BAblica/Rep%C3%BAblica%20Velha%20Conferida%20exe.htm
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/charge-do-mes/as-proximas-eleicoes-de-cabresto

sábado, 9 de junho de 2012


Estudo sobre as Revoltas!


Durante uma pesquisa, encontrei um blog contendo um vasto conteúdo postado pelo Prof. Leonardo Castro, sobre as revoltas e decidi compartilhar com vocês.

Revoltas

Guerra de Canudos: um movimento de fundo sócio-religioso, de caráter messiânico, reprimido militarmente, que durou de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia. Canudos foi levantada em 1893, perto do rio Vaza-Barris. Chamava-se Belo Monte, mas passou para a historia como Canudos, nome dado pelos inimigos.

O episódio foi fruto de uma série de fatores como a grave crise econômica e social em que encontrava a região à época.

A situação na região, à época, era muito precária devido às secas, à fome, à pobreza e à violência social. Esse quadro, somado à elevada religiosidade dos sertanejos, deflagrou uma série de distúrbios sociais.

Antônio Vicente Mendes Maciel, apelidado de “Antônio Conselheiro”, Foi o líder do arraial de Canudos. Acreditava que era um enviado de Deus para acabar com as diferenças sociais e com a cobrança de tributos. Acreditava ainda que a República (então recém-implantada no país) era a materialização do reino do “Anti-Cristo” na Terra, uma vez que o governo laico seria uma profanação da autoridade da Igreja Católica para legitimar os governantes. A cobrança de impostos efetuada de forma violenta, a celebração do casamento civil, a separação entre Igreja e Estado eram provas cabais da proximidade do "fim do mundo".

“Apareceu no sertão do Norte um indivíduo, que se diz chamar Antônio Conselheiro e que exerce grande influência no espírito das classes populares. Deixou crescer a barba e os cabelos, veste uma túnica de algodão e alimenta-se tenuemente, sendo quase uma múmia. Acompanhado de duas professas, vive a rezar terços e ladainhas e a pregar e dar conselhos às multidões, que reúne onde lhes permitem os párocos.”
(Descrição da Folhinha Laemmert, de 1877, reproduzida por Euclides da Cunha em Os sertões, em 1897.)

Os sertanejos agruparam-se em torno do discurso do andarilho “Bom Jesus” (outro apelido de Conselheiro), que sobrevivia das esmolas, obtidas pela caridade pública.
A maior implicação do movimento de Canudos foram as críticas contra aos impostos e a conseqüente queima de editais para a cobrança de impostos realizada por Antônio Conselheiro ocorrida em Bom Conselho em 1893. Em represália a este ato, um contingente militar foi enviado de Salvador para prender o beato e dispersar os sertanejos que ao seu lado estavam.

Comandada pelo major Febrônio de Brito, em janeiro de 1897, uma segunda expedição militar contra Canudos foi atacada no dia 18 e repelida com pesadas baixas pelos jagunços.
No Rio de Janeiro, o governo federal via em Canudos um perigoso foco monarquista, assumiu a repressão, preparando a primeira expedição regular, cujo comando confiou ao coronel Antônio Moreira César. Em 2 de março, depois de ter sofrido pesadas baixas, causadas pela guerra de guerrilhas, Moreira César foi mortalmente ferido e assumiu o comando o coronel Pedro Nunes Batista Ferreira Tamarindo. Abalada, a expedição foi obrigada a retroceder.

Em abril de 1897 então, providenciou-se a quarta e última expedição, sob o comando do general Artur Oscar de Andrade Guimarães.

Após várias batalhas, a tropa conseguiu dominar os jagunços. Depois da morte de Conselheiro em combate, em 22 de setembro, muitos jagunços abandonaram a luta. O arraial resistiu até 5 de outubro de 1897, quando morreram os quatro ultimos defensores.

Guerra do Contestado: foi um conflito armado entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região pretendida pelos Estados do Paraná e Santa Catarina. A Guerra do Contestado teve origem em conflitos sociais, frutos de desmandos, em especial no tocante à regularização da posse de terras por parte dos caboclos.

Representando, ao mesmo tempo, a insatisfação da população com sua situação material, o conflito era permeado pelo fanatismo religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por parte dos caboclos revoltados, de que se tratava de uma guerra santa.

A história do conflito tem início em 1912, quando apareceu publicamente a figura de um monge, conhecido com o nome de José Maria de Santo Agostinho.

Os camponeses que tinham perdido o direito às terras que vinham sendo ocupadas pela Brazil Railway, empresa ferroviária do grupo do empresário Parcival Farquhar, e os trabalhadores que foram demitidos pela companhia da estrada de ferro decidiram, então, ouvir a voz do monge José Maria, sob o comando do qual organizaram uma comunidade.
O monge é, então, convidado para participar da festa do Senhor do Bom Jesus, na localidade de Taquaruçu (município de Curitibanos). Segue acompanhado de cerca de 300 fiéis. Terminada a festa, o monge se demorou nesta localidade.

O monge rumou para a região de Irani, que era disputada por Santa Catarina e Paraná. As autoridades do Paraná concluíram que aquele movimento de pessoas era um ato de posse por parte de Santa Catarina. O Paraná resolveu então reprimir os sertanejos adeptos de José Maria.

A guerra do Contestado inicia-se neste ponto: em defesa das terras paranaenses, várias tropas do Regimento de Segurança do Paraná são enviadas para o local, a fim de obrigar os invasores a voltar para Santa Catarina, em outubro de 1912.
Mas as coisas ocorrem bem diferentes do planejado. Tem início um confronto sangrento entre tropas do governo e fiéis do Contestado.

Em 8 de fevereiro de 1914, numa ação conjunta de Santa Catarina, Paraná e governo federal, foi enviado a Taquaruçu um efetivo de 700 soldados, apoiados por peças de artilharia e metralhadoras. Estes logram êxito na empreitada, incendeiam completamente o acampamento dos jagunços.
Em fins de 1915 consumou-se a liquidação dessa rebelião sertaneja. Em 1916, Adeodato, o último líder sertanejo, foi preso.

O movimento operário: A vida dos trabalhadores da indústria e dos transportes no começo do século XX era penoso e sofrida. A maior parte de seu tempo era dedicado ao trabalho. As jornadas de trabalho eram de 12 a 16 horas por dia. Os salários eram mínimos e não correspondiam as necessidades dos trabalhadores.

Em geral toda a família trabalhava inclusive as crianças, que sofriam até espancamentos nos locais de trabalho. Nas fábricas, por exemplo, ocorria o emprego maciço de mão-de-obra infantil, mais barata que a adulta. Muitas crianças empregadas acabavam com membro mutilados pelas máquinas e, assim como os demais trabalhadores, não tinham direito a tratamento médico, seguro por acidentes de trabalho, etc.

Essa situação levou os trabalhadores a reagir. Ainda no século XIX, surgiram associações de auxílio, com o objetivo de prestar socorro a seus membros. Na década de 1870, trabalhadores imigrantes europeus começaram a criar ligas operárias, destinadas a lutar por reivindicações trabalhistas. Nascia assim o movimento operário no Brasil.

Nesse contexto, surgiram as primeiras manifestações sob influência das idéias socialistas e anarquistas, que moviam as lutas operárias internacionais, mas, sobretudo, o anarcosindicalismo. A diminuição da jornada de trabalho para oito horas foi a grande bandeira de luta do movimento operário brasileiro.

As idéias do movimento operário

Socialismo – no Brasil, os socialistas defendiam a participação dos trabalhadores na luta legal como caminho para a conquista de direitos.

Anarquismo – os anarquistas lutavam pela libertação dos trabalhadores por meio da eliminação do Estado e da propriedade privada.

Anarcosindicalismo – corrente do anarquismo que propunha a utilização dos sindicatos como instrumento de mobilização política e para a destruição do Estado e da sociedade burguesa.

Comunismo – os comunistas almejavam a destruição da sociedade capitalista, propondo a substituição do Estado burguês pela ditadura do proletariado como via para se chegar ao socialismo.
A organização dos trabalhadores resultou na fundação de associações sindicais e de jornais operários, tornando o movimento mais forte para enfrentar as inúmeras dificuldades. Seguindo o exemplo dos trabalhadores de outros países, surgiram manifestações e greves em vários estados, destacadamente em São Paulo, onde se concentrava o maior número de indústrias.

Em 1907, a cidade de São Paulo foi paralisada por uma greve que reivindicava: jornada de oito horas diárias de trabalho, direito a férias, proibição do trabalho infantil, proibição do trabalho noturno para as mulheres, aposentadoria e assistência médica hospitalar. A manifestação iniciada por trabalhadores da construção civil, da indústria de alimentos e metalúrgicos acabou contagiando outras categorias e atingindo diversas cidades do estado.

Em junho de 1917, outra grande greve também se iniciou em São Paulo. A greve de 1917 teve início em duas fábricas têxteis. O movimento se espalhou rapidamente e paralisou a cidade, contando com a adesão dos trabalhadores do serviço público. Cerca de 50.000 pessoas aderiram ao movimento. Os patrões deram um aumento imediato de salário e prometeram estudar as demais exigências. A grande vitória foi o reconhecimento do movimento operário como instância representativa.

A revolta da Vacina: A chamada Revolta da Vacina ocorreu de 10 a 16 de Novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro.

No início do século XX, a cidade do Rio de Janeiro, como capital da República, apesar de possuir belos palacetes e casarões, tinha graves problemas urbanos: rede insuficiente de água e esgoto, coleta de lixo precária e cortiços super povoados. Nesse ambiente proliferavam muitas doenças, como a tuberculose, o sarampo, o tifo e a hanseníase. 

Alastravam-se, sobretudo, grandes epidemias de febre amarela, varíola e peste bubônica.
Decidido a sanear e modernizar a cidade, o então presidente da República Rodrigues Alves (1902-1906) deu plenos poderes ao prefeito Pereira Passos e ao médico Dr.Oswaldo Cruzpara executarem um grande projeto sanitário. O prefeito pôs em prática uma ampla reforma urbana, que ficou conhecida como bota abaixo, em razão das demolições dos velhos prédios e cortiços, que deram lugar a grandes avenidas, edifícios e jardins. Milhares de pessoas pobres foram desalojadas à força, sendo obrigadas a morar nos morros e na periferia.

“Tiros, gritaria, engarrafamento de trânsito, comércio fechado, transporte público assaltado e queimado, lampiões quebrados à pedradas, destruição de fachadas dos edifícios públicos e privados, árvores derrubadas: o povo do Rio de Janeiro se revolta contra o projeto de vacinação obrigatório proposto pelo sanitarista Oswaldo Cruz.”
(Gazeta de Notícias, 14 de novembro de 1904).

Para erradicar a varíola, o sanitarista convenceu o Congresso a aprovar a Lei da Vacina Obrigatória (31 de Outubro de 1904), que permitia que brigadas sanitárias, acompanhadas por policiais, entrassem nas casas para aplicar a vacina à força.

A aprovação da Lei da Vacina foi o estopim da revolta: no dia 5 de Novembro, a oposição criava a Liga contra a Vacina Obrigatória. A resistência popular, levou o centro do Rio de Janeiro a transformar-se em campo de batalha: era a rejeição popular à vacina contra a varíola.

Entre os dias 10 e 16 de novembro, a cidade virou um campo de guerra. A população exaltada depredou lojas, virou e incendiou bondes, fez barricadas, arrancou trilhos, quebrou postes e atacou as forças da polícia com pedras, paus e pedaços de ferro.
A reação popular levou o governo a suspender a obrigatoriedade da vacina e a declarar estado de sítio (16 de Novembro). A rebelião foi contida, deixando 50 mortos e 110 feridos. Centenas de pessoas foram presas e, muitas delas, deportadas para o Acre.

Espero que tenham gostado! Beijos

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Coroneis do Cacau


Aí gente.... fica a dica: ;)





                "Sinopse:


              Reedição, ampliada e revisada, da pesquisa do historiador Gustavo Falcón sobre o coronelismo na Bahia. O poder em torno do cultivo e do comércio de cacau atingiu o apogeu durante a República Velha (1889-1930), mas permaneceu ainda por muito tempo, até meados do século 20. O autor discorre especialmente sobre a formação histórica do mandonismo e seus efeitos sobre a região de Ilhéus, principal centro da cultura do cacau."

Fonte: Fotos de Solisluna, mebro da comunidade, Flickr do Yahoo.
            Ou acesse o site: <http://www.flickr.com/photos/solisluna/4936458822/



terça-feira, 29 de maio de 2012

CURIOSIDADE


Quantas bandeiras o Brasil já teve?

Até 1645, o Brasil utilizou os mesmos estandartes de Portugal. Depois, passou a ter seus próprios. E foram muitos: em 502 anos, o país já ostentou dez bandeiras. "Essas trocas sempre refletem mudanças políticas que ocorrem em uma nação", afirma a historiadora Célia Reis Camargo, da Universidade Estadual Paulista (Unesp). A frase é facilmente comprovada acompanhando a introdução de cada bandeira. A primeira foi a do império português. Em 1821, houve a queda do Absolutismo e a transformação em monarquia constitucional. Um ano depois, o Brasil se tornava independente, ganhando o pavilhão imperial. O que permaneceu hasteado até a proclamação da República, em 1889. No dia 19 de novembro, surgiu a bandeira nacional usada até hoje. As estrelas, posicionadas conforme eram vistas no céu do Rio de Janeiro em 15 de novembro, representavam os 20 Estados e o município neutro (transformado depois em Distrito Federal). À medida que novos Estados eram criados, mais estrelas eram adicionadas - hoje são 27.

Um pavilhão para cada ocasião
 A história do Brasil é pontuada por uma dezena de bandeiras

1500: A bandeira portuguesa da época do descobrimento trazia a Cruz da Ordem Militar de Cristo com o escudo real
1521: O estandarte de D. João III eliminou a cruz, apresentando como novidade uma coroa real sobre o antigo escudo
1616: O emblema adotado durante a ocupação espanhola foi criado para Portugal e suas colônias durante a União Ibérica
1640: A Bandeira da Restauração foi introduzida quando Portugal recuperou sua independência
1645: A bandeira do Principado do Brasil ostentava uma esfera armilar, instrumento usado na navegação
1816: A Bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve nos deu status de reino depois da vinda da família real lusa para cá, em 1808
1821: A Bandeira do Regime Constitucional foi adotada quando Dom João VI retornou a Portugal como rei constitucional
1822: A Bandeira Imperial, adotada com nossa independência, introduziu as cores verde e amarela e uma estrela para cada província
1889: A Bandeira da República Provisória, uma cópia do estandarte americano, tremulou por apenas quatro dias - de 15 a 19 de novembro
1889: A bandeira republicana, usada até hoje, tem os Estados brasileiros e o Distrito Federal representados por estrelas

Pequisa: super.abril.com.br/historia - Brasil/

A questão social é caso de policia!




Em 1889, através de assembleias e conselhos, o Brasil deixou de ser império para se tornar um governo republicano, isso significou uma saída do controle do imperador para de um presidente que seria escolhido pelo voto da população. No começo podemos imaginar que isso seria ótimo para o desenvolvimento do país e haveria participação e integração de todos, se não fosse por um detalhe, nesta época a população era formada por ex- escravos que tentavam se adaptar a liberdade e como poucas pessoas tinha acesso à educação eram facilmente manipuladas ou excluídas.


* “Sendo função social antes que direito, o voto era concedido àqueles a quem a sociedade julgava poder confiar a sua preservação. No Império, como na República, foram excluídos os pobres (seja pela renda, seja pela exigência da alfabetização), os mendigos, as mulheres, os menores de idade [menores de 21], as praças de pré (soldados e marinheiros), os membros de ordens religiosas. Ficava fora da sociedade política a grande maioria da população.
Algumas mudanças, como a eliminação do Poder Moderador, do Senado Vitalício e do Conselho de Estado e a introdução do federalismo, tinham sem dúvida inspiração democratizante, na medida em que buscavam desconcentrar o exercício do poder. Mas, não vindo acompanhadas por expansão significativa da cidadania política, resultaram em entregar o governo mais diretamente aos setores dominantes, tanto rurais quanto urbanos.”

Os primeiros que obtiveram o poder de comandar a Republica, os marechais Deodoro da Fonseca e o Floriano Peixoto, de 1891 a 1894. O último que adquiriu o poder da republica velha foi ex- presidente Washington Luis, afirmava que a questão social era assunto resolvido pela policia, o único modo de justificar e tentar combater os inúmeros movimentos ocorridos na época de seu mandato.

São identificados vários fatores decorrentes á exclusão social como o Coronelismo, que conseguiam autonomia com o grande número de eleitores, o chamado voto de cabresto, as corrupções, fraudes eleitorais a política do café-com-leite, entre outros influenciaram a questão social do país.
* (CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados. O Rio de Janeiro e a República que não foi. 3ª Ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. pp. 43-46.)