Sejam bem vindos(as) todos os que acreditam que república é a voz de um povo que há muito não fora ouvido, mas que será quando todos se unirem em uníssono e bradarem a voz da justiça, inclusão e respeito! =D
Bom gente, eu sei que esse post deveria ter sido postado antes, mas não deu.... Mas, enfim, vamos lá! =]
Sim.... A República VELHA acabou! É claro que com o seu fim, houve elementos que permaneceram e que foram embora junto com essa República. Não vou entrar em detalhes com as permanências porque a Caroline que iria expor para vocês. Vamos para o que foi rompido:
Como nós já sabemos, a República Velha foi marcada pela política do Café-com-leite que foi acentuada por Floriano Peixoto, entre 1891 a 1894.
Lá por 1920, as cidades estavam crescendo e se desenvolvendo, com ruas nos centros urbanos bastante movimentadas, com as pessoas frequentando mais bares, lojas, coisa que antes não tinha uma abertura grande para todos.
Na mesma década, dois grandes acontecimentos marcaram esta data: o Tenentismo e a Semana de Arte Moderna, em que o primeiro foi um movimento político-militar revolucionário que os militares queriam impedir que Artur Bernardes tomasse posse; o segundo foi uma semana de arte em que houve a libertação da arte.
Depois disso, várias revoltas armadas aconteceram, sendo a mais marcante: A Coluna Prestes, liderado por Luis Carlos Prestes, era formado por militantes e excluídos da sociedade que moravam no sertão, principalmente.
Com isso e mais outros conflitos, a política do café-com-leite acabou de vez; foi dado fim também aos coronéis, consequentemente ao voto de cabresto, substituindo esse último por voto secreto, como era defendido pela Coluna Prestes.
Houve também a liberdade de imprensa, liberdade de pensamento; liberdade sindical; igualdade maior entre as classes; independência da mulher; libertação e independência da moda; valorização da educação pública, entre outros.
Povo, é isso ai sobre o que acabou com o fim da República Velha. Espero que tenha sido útil, até a próxima! ^^
Em janeiro de 2012, um dos
assuntos mais comentados
nas redes sociais foi a reintegração de posse da área
apelidada de “Pinheirinho”, a área
pertencia a massa falida da
empresa Selecta e foi invadida
no ano de 2004, durante 8 anos ocorreu uma briga
entre a empresa e os invasores da área, o assunto gero muita repercussão
na mídia nacional e internacional . Os
moradores da área
utilizaram o facebook e o twitter como
uma forma de protesto
contra a desocupação, e outros
usuários espeçaram diferentes
opiniões nestas e em outra
redes sociais:
Aqui encontramos viários
comentários sobre o
ocorrido.
O desfecho da historia
foi a desocupação da área que
ocorreu na manhã do dia 15 de janeiro, foi enviado a tropa de
choque para o local, que retiram os moradores e lacraram as casa que após
a retirada dos moveis foram
demolidas. Os moradores foram levados
para abrigos, e depois receberam uma
ajuda do governo com
500,00 R$ de aluguel social. A área que foi motivo de conflito hoje esta desocupada, os destroços das casas ainda não foram retirados, e as terras vão a leilão no final
do mês de junho.
Área antes da reintegração de
posse.
Área depois da reintegração de posse.
“tropa de choque pinheirinho” – Os moradores tentaram impedir a reintegração.
Tropa de choque durante a reintegração.
Charge que
foi postada no facebook por protestantes.
Neste vídeo encontra-se
relatos sobre a reintegração de posse:
SJC: Preparados para o confronto, moradores do Pinheirinho se armam
Ninguém dorme e nem trabalha. A rotina foi substituída pelas armas improvisadas
"A ordem para posicionar a tropa veio cedo. Na linha de frente, a defesa - mesmo feita com pedaços de plástico - intimida. E essa resistência, aos poucos, toma conta de todos. Mulheres, idosos e crianças. E o motivo dessa luta é apenas um: permanecer na ocupação.
São 1.600 casas, segundo a prefeitura, construídas na área da massa falida da empresa Selecta, na zona sul de São José dos Campos. Na última quarta-feira, foi feita a notificação oficial para que os moradores deixem o terreno.
Depois que foi dada a ordem de saída, a reintegração de posse pode acontecer a qualquer momento. Todos no local esperam por um confronto. Ninguém dorme e nem trabalha. A rotina foi substituída pelas armas improvisadas.
A situação também chama atenção do governo federal. Na manhã desta sexta-feira (13) o gerente de projetos da Secretaria Nacional de Habitação, César Ramos, visitou a área e foi embora sem conversar com os moradores, que continuam posicionados, prontos para a luta. Cada um com a arma que julga ser a melhor.
Olá! Antes da leitura do texto, gostaria que vocês todos dessem uma olhada no vídeo abaixo, feito por Bóris Fausto, que explica muito bem, o contexto da República Velha no Brasil.
Proclamação da República, tela de 1893 pintada por Benedito Calixto.
A proclamação da república, em 1889, gerou uma grande
expectativa em torno da criação de um novo regime, que promovesse ascensão
política, social e econômica, da população marginalizada até então, que viviam em situações precárias,de educação, saúde, esquecidos, excluídos da sociedade. No entanto
mesmo com o episódio da libertação dos escravos um ano antes da proclamação da
república, ficou claro que na realidade, o novo regime veio a favor das classes
responsáveis e interessadas em seu acontecimento, os cafeicultores e militares.
Entretanto, estes
possuíam interesses opostos, o que geraria conflitos entre eles. A república
brasileira em uma primeira fase foi representada pelos militares e ficou
conhecida como "República da Espada", acreditava-se que o poder nas
mãos dos militares seria importante para a consolidação da república. Umas das
consequências deste governo foi a constituição de 1891(primeira da república,
baseada na constituição estadunidense), que se caracterizava pela instituição
do regime federativo presidencialista, divisão dos três poderes e o
estabelecimento do voto masculino, não secreto, que excluía do processo
eleitoral mulheres, analfabetos, mendigos, menores de 21anos, padres e soldados.
Apesar de ampliar o acesso á chefia do Executivo,
antes restrito a membros da família real, e de mudar o critério de seleção de
eleitores, o sistema político se apresentava tão excludente quanto era sob o
regime imperial.
Em relação a estes fatos, escreve assim, José Murilo de
Carvalho:
“Sendo função social antes que direito, o voto era concedido
àqueles a quem a sociedade julgava poder confiar a sua preservação. No Império,
como na República, foram excluídos os pobres (seja pela renda, seja pela
exigência da alfabetização), os mendigos, as mulheres, os menores de idade
[menores de 21], as praças de pré (soldados e marinheiros), os membros de ordens
religiosas. Ficava fora da sociedade política a grande maioria da população.A exclusão dos analfabetos pela Constituição republiana era particulamente discriminatória, pois ao mesmo tempose retirava a obrigação do governo de fornecer instrução primária, que constava do texto imperial. Algumas
mudanças, como a eliminação do Poder Moderador, do Senado Vitalício e do
Conselho de Estado e a introdução do federalismo, tinham sem dúvida inspiração
democratizante, na medida em que buscavam desconcentrar o exercício do poder.
Mas, não vindo acompanhadas por expansão significativa da cidadania política,
resultaram em entregar o governo mais diretamente aos setores dominantes, tanto
rurais quanto urbanos.”
(CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados. O Rio de
Janeiro e a República que não foi. 3ª Ed. São Paulo: Companhia das Letras,
1989. pp. 43-46.)
Depois se consolidou
a República das Oligarquias, cujos presidentes representavam a elite cafeeira, mantendo
a política de exclusão social, favorecidas pelas leis da época, ou melhor, pela falta de leis, que buscassem a inclusão dos excluídos no cenário da época. Este contexto era propício, para que as classes
dominantes se beneficiassem a partir de fraudes eleitorais que afastavam o povo
das decisões políticas, como: política do Café com Leite, a política dos
governadores, o coronelismo, a Comissão de Verificação, além de outros adereços como por exemplo a fraude eleitoral,o banditismo e o voto de cabresto.
A legislação da época, portanto, teve grande influencia no processo de exclusão social, pois, era delegada de acordo com os interesses do governo, que por sua vez, era constituído pelas elites da época, que utilizavam as forças do governo para atingir seus objetivo, e nestes não constava ter uma população que tivesse o pleno exercício de sua cidadania.
Na charge de Storni para a revista Careta (1927), uma das
mais famosas fraudes eleitorais da Primeira República, o voto de cabresto,
recebe a devida crítica. O eleitor recebia um papel com o nome do candidato
escolhido pelo coronel da região, e apenas o depositava na urna.