terça-feira, 29 de maio de 2012

A questão social é caso de policia!




Em 1889, através de assembleias e conselhos, o Brasil deixou de ser império para se tornar um governo republicano, isso significou uma saída do controle do imperador para de um presidente que seria escolhido pelo voto da população. No começo podemos imaginar que isso seria ótimo para o desenvolvimento do país e haveria participação e integração de todos, se não fosse por um detalhe, nesta época a população era formada por ex- escravos que tentavam se adaptar a liberdade e como poucas pessoas tinha acesso à educação eram facilmente manipuladas ou excluídas.


* “Sendo função social antes que direito, o voto era concedido àqueles a quem a sociedade julgava poder confiar a sua preservação. No Império, como na República, foram excluídos os pobres (seja pela renda, seja pela exigência da alfabetização), os mendigos, as mulheres, os menores de idade [menores de 21], as praças de pré (soldados e marinheiros), os membros de ordens religiosas. Ficava fora da sociedade política a grande maioria da população.
Algumas mudanças, como a eliminação do Poder Moderador, do Senado Vitalício e do Conselho de Estado e a introdução do federalismo, tinham sem dúvida inspiração democratizante, na medida em que buscavam desconcentrar o exercício do poder. Mas, não vindo acompanhadas por expansão significativa da cidadania política, resultaram em entregar o governo mais diretamente aos setores dominantes, tanto rurais quanto urbanos.”

Os primeiros que obtiveram o poder de comandar a Republica, os marechais Deodoro da Fonseca e o Floriano Peixoto, de 1891 a 1894. O último que adquiriu o poder da republica velha foi ex- presidente Washington Luis, afirmava que a questão social era assunto resolvido pela policia, o único modo de justificar e tentar combater os inúmeros movimentos ocorridos na época de seu mandato.

São identificados vários fatores decorrentes á exclusão social como o Coronelismo, que conseguiam autonomia com o grande número de eleitores, o chamado voto de cabresto, as corrupções, fraudes eleitorais a política do café-com-leite, entre outros influenciaram a questão social do país.
* (CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados. O Rio de Janeiro e a República que não foi. 3ª Ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. pp. 43-46.)




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